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Reprodução/Twitter: @DeputadoFederal
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Em um vídeo divulgado nesta sexta (16), o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello aparece em uma reunião com intermediadores negociando a compra de 30 milhões de doses da vacina CoronaVac contra a Covid-19. 

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a empresa representada pelos participantes da reunião ofereceu o imunizante por US$28 a dose, quase o triplo do preço cobrado pelo Instituto Butantan (US$10).

A gravação foi publicada nas redes sociais pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). Assista:

Ainda segundo a apuração do jornal, o encontro aconteceu em 11 de março de 2021, quando o general da ativa ainda estava no comando da pasta. A agenda oficial de Pazuello do dia não menciona a reunião

No vídeo, Pazuello anuncia a reunião no Ministério da Saúde com um grupo liderado por um homem identificado apenas como John. Ele diz que a compra seria feita diretamente com o governo da China (o imunizante é produzido pelo laboratório chinês Sinovac) e que um memorando de entendimento entre as partes já teria sido assinado.

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"Nós estamos aqui, reunidos no Ministério da Saúde, recebendo comitiva liderada pelo John. Uma comitiva que veio tratar da possibilidade de nós comprarmos 30 milhões de doses, numa compra direta com o governo chinês. E já abre também uma nova possibilidade de termos mais doses e mais laboratórios. Vamos tratar na semana que vem. Mas saímos daqui hoje já com memorando de entendimento assinado e com o compromisso do ministério de celebrar, no mais curto prazo, o contrato, para podeemos receber essas 30 milhões de doses no mais curto prazo possível", disse o general. 

"Juntos, em parceria, com tanta porta aberta que o ministro nos propôs, eu acredito que nós podemos fazer essa parceria por um longo e duradouro tempo e para vários produtos, inclusive, se necessário", responde o empresário identificado como John. 

O vídeo contradiz o depoimento de Pazuello à CPI da Covid-19, em maio. Questionado sobre a demora para responder às solicitações da farmacêutica Pfizer, ele afirmou que não poderia ter assumido protagonismo nas negociações: "Sou o decisor e não posso negociar com a empresa. Quem negocia com a empresa é o nível administrativo, não o ministro. Um ministro jamais deve receber uma empresa". 

A Cultura solicitou um posicionamento ao Ministério da Saúde, pediu informações sobre os demais integrantes do encontro e questionou os motivos pelos quais a reunião não aparece na agenda oficial do ex-ministro.  "O Ministério da Saúde informa que a atual gestão da pasta não tem conhecimento de memorando de entendimentos para aquisição de doses da Coronavac", respondeu a pasta. 

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