Governadores de 9 estados lançam plano para recuperação da Amazônia
Meta é angariar recursos para preservar a região e conter o desmatamento, que tem batido recordes durante o governo Bolsonaro
19/07/2021 16h56
Governadores do consórcio Amazônia Legal lançaram um plano para recuperação da Amazônia. A meta é angariar recursos para a preservação da região e conter o desmatamento, que tem batido recordes no governo Bolsonaro.
O “Plano de Recuperação Verde”, nome dado ao programa, foi inspirado em uma proposta produzida por congressistas dos Estados Unidos e encampada pelo presidente Joe Biden.
Lançado na última sexta-feira (16), em uma solenidade em Brasília, ele têm quatro eixos. Freio ao desmatamento ilegal, produção sustentável, inovação e capacitação e infraestrutura verde. O investimento inicial vai ser de R$ 1 bilhão e 500 milhões com recursos públicos, privados e de bancos de fomento e fundos, como o Fundo Constitucional do Norte.
A ideia patrocinada pelo consórcio Amazônia Legal, formado pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, é contrapor a política ambiental do governo Bolsonaro, que, segundo ambientalistas, tem desmantelado órgãos de controle do meio ambiente e se omitido diante das denúncias de crimes ecológicos.
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Uma da principais apostas dos governadores da região é o desbloqueio do Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES, o banco de fomento do governo federal. Os recursos estão parados desde 2019 em uma conta bancária.
Os estados vão constituir uma força integrada para agir no combate a queimadas e desmatamentos ilegais nos próximos meses, período em que esses tipos de crimes crescem na região. Vão ser desenvolvidas ações de fiscalização e monitoramento, além de regeneração e recomposição florestal em áreas prioritárias.
O programa também lista projetos para promover o desenvolvimento produtivo, com restauração da floresta, e geração de renda para pequenos produtores e comunidades locais. Também vai promover o apoio à cooperativas de produtos florestais não madeireiros e incentivos à atividades ligadas à bioeconomia. Para promover a infraestrutura verde, o plano prevê ações de saneamento básico e despoluição dos rios, energia renovável e habitação social.
Veja mais na reportagem sobre o tema que foi ao ar esta segunda-feira (19) no Jornal da Tarde.
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