O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, na última segunda-feira (19), em entrevista divulgada pela TV Brasil, que irá vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões para 2022. Primeiro, ele afirmou que vai vetar. Depois, disse que esta é a "tendência".
"É uma cifra enorme, que, no meu entender, está sendo desperdiçada, caso ela seja sancionada. Posso adiantar para você que não será sancionada. Eu tenho que conviver em harmonia com o Legislativo. E nem tudo que eu apresento ao Legislativo é aprovado e nem tudo que o Legislativo aprova, vindo deles, eu tenho obrigação de aceitar para o lado de cá. Mas a tendência nossa é não sancionar isso daí em respeito ao trabalhador, ao contribuinte brasileiro", afirmou.
O montante foi aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada, durante a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. Cabe a Bolsonaro sancionar a LDO integralmente, parcialmente ou vetar o texto. O presidente tem mais duas semanas de prazo para decidir sobre o fundão eleitoral.
Eventuais vetos do presidente da República a trechos de projetos aprovados pelo Congresso Nacional devem ser analisados pelos parlamentares, que podem mantê-los ou derrubá-los.
A quantia para o fundo em 2022, com dinheiro público, representa três vezes o valor de R$ 2 bilhões previsto para as eleições de 2018 e de 2020.
Assista a reportagem do Jornal da Tarde desta terça-feira (20):
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