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Reprodução/Instagram: @manueladavila
Reprodução/Instagram: @manueladavila

A ex-deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) comentou nesta terça (20) a alteração ilegal de seus dados no Sistema Único de Saúde (SUS). A candidata à vice-presidência na chapa de Fernando Haddad (PT) em 2018 divulgou em suas redes sociais uma captura de tela que mostra 14/10/2018 como sua data de óbito. 

Na publicação, Manuela conta que enfrentou dificuldades ao ser vacinada contra a Covid-19, quando funcionários da unidade de saúde não encontraram seu cadastro no sistema e precisaram registrar a imunização manualmente. 

"Depois me lembrei do ataque hacker em que haviam mudado meu nome e de meu pai. Pois bem, aí está: eles me mataram depois do 1o turno da eleição de 2018. Tenho uma notícia para dar: estou vivinha da silva e na luta apesar das ameaças permanentes que fazem. Vamos ver o Brasil feliz novamente", escreveu. 

Veja a publicação:

Além da ex-deputada, outras figuras de esquerda também foram vítimas de ataques desse tipo. Foram registradas alterações em dados como o nome e fotos de registro de Guilherme Boulos, ex-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, e de seus familiares, aos quais foram adicionadas ofensas. 

A informação foi divulgada na coluna do jornalista Leonardo Sakamoto no portal UOL e confirmada pelo Ministério da Saúde na última segunda (19).

Leia mais: Guilherme Boulos tem cadastro do SUS alterado com ofensas

No último dia 13, também foi divulgado que uma invasão no sistema em 2019 suspendeu o cadastro de Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Ela passou a ser classificada como morta. Ainda, o nome "Bolsonaro" foi inserido no registro da deputada federal.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que as alterações no cadastro de Boulos e seus familiares foram feitas por uma pessoa com acesso ao sistema, e não por meio de ataque hacker. 

Leia a nota divulgada pela pasta na íntegra:

O Ministério da Saúde informa que verificou uma alteração na base do CNS realizada por uma pessoa credenciada para utilizar o sistema de cadastro de dados. Cabe esclarecer que já foi solicitado o bloqueio da credencial usada nestas ações.

A pasta esclarece que as informações de vacinação disponibilizadas por meio do Conecte SUS Cidadão dependem dos registros enviados por estados e municípios. Caso não esteja disponível após 10 dias da imunização, o Ministério orienta que o cidadão procure a unidade de saúde.