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Quatro milhões de brasileiros estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 atrasada

Vários estudos comprovaram que o avanço da vacinação tem relação direta com a redução do número de casos e mortes


22/07/2021 14h10

Em todo o Brasil, quatro milhões de pessoas ainda não receberam a segunda dose dos imunizantes contra a Covid-19. Neste mês, o Ministério da Saúde lançou uma campanha para alertar a população sobre os riscos de não completar a imunização.

"Se você tomar uma dose só, nós não sabemos o grau de proteção que você vai ter, em especial o grau de proteção a longo prazo. Quanto mais pessoas tiverem com pelo menos uma dose, menor vai ser o risco de doença grave e morte, e quanto mais pessoas tiverem com as duas doses, menor vai ser o risco da circulação desse vírus", disse a infectologista Rosana Richtman, em entrevista ao Jornal da Tarde

No estado de São Paulo, mais de 640 mil pessoas estão atrasadas com a segunda dose. O número é o maior registrado desde o início da campanha de vacinação e representa mais que o dobro em relação ao fim de junho. 

"É importante que nós tenhamos uma comunicação mais eficiente com a população, fazendo com que todos esses outros motivos que normalmente impactam na baixa adesão possam ser superados, tanto essa [questão] do risco de ter efeitos colaterais leves, o risco de achar que não é necessário fazer a segunda dose, e até mesmo [superar] as campanhas e esses movimentos contra a vacina", afirmou João Gabardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19.

Vários estudos no Brasil e no exterior já comprovaram que o avanço da vacinação tem relação direta com a redução do número de casos e mortes causadas pela doença. No estado de São Paulo, 44%  dos municípios não registraram óbitos por Covid-19 na última semana. O estado é o primeiro do país a vacinar mais da metade da população com a primeira dose.

No Reino Unido, uma pesquisa mostrou o impacto da vacinação no controle da pandemia. Os cientistas compararam as médias de casos e mortes registrados nos primeiros 50 dias da segunda e da terceira onda, quando boa parte da população já estava vacinada. Ao final do intervalo, o número de registros da doença foi praticamente o mesmo, mas a média de óbitos por 10 milhões de habitantes caiu de quase 36 para 2. 

Mas na última semana, França e Reino Unido registraram um aumento no número de casos e de mortes ligados à variante delta do vírus. Entre os franceses, 96% das novas contaminações foram identificadas em pessoas não vacinadas. 

"O risco de morrer é muito mais baixo para os vacinados. Então, apesar de eles [estrangeiros] estarem com uma variante de preocupação, uma variante que estamos preocupados aqui no Brasil, que é a variante delta, eles conseguem mostrar que os casos continuam, porém, em termos de gravidade, [os dados] são muito menores", completa a infectologista Rosana Richtman.

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Veja a reportagem do Jornal da Tarde:

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