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Reverendo afirma que sua entidade receberia doações em troca de intermediação com Saúde

Amilton Gomes de Paula negociou 400 milhões de doses da Astrazeneca com a Davati Medical Supply; ele é peça-chave para explicar uso de intermediários pelo Ministério da Saúde


03/08/2021 14h06

Em depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (3), o reverendo Amilton Gomes de Paula afirmou que concordou em atuar na intermediação entre Ministério da Saúde e a empresa Davati Medical Supply, para a negociação de vacinas contra a Covid-19, em troca de "doações" para a sua entidade.

O reverendo é fundador da Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários). Ele negou a todo momento conhecer agentes públicos, dirigentes do Ministério da Saúde e mesmo autoridades no Palácio do Planalto. No entanto, também reconheceu que, mesmo sem ter contatos, conseguiu marcar uma reunião com a pasta. O encontro aconteceu após quatro horas do envio do primeiro e-mail com a solicitação.

O reverendo defendeu que sua atuação foi totalmente humanitária e que havia sido prometida doações para a sua entidade, pela intermediação. Amilton, porém, disse que não havia acordo sobre como seria essa doação.

"Não foi estabelecido valores. Desde o início se falava de doação [com a Davati]", declarou o religioso.

Amilton Gomes de Paula negociou 400 milhões de doses da Astrazeneca em nome do governo federal, mesmo após a própria farmacêutica ter informado que a venda do imunizante se daria apenas por meio de contratos diretos, sem intermediários. O aval da negociação foi concedido pelo então diretor de Imunização do Ministério da Saúde Lauricio Monteiro Cruz

Leia também: Reverendo Amilton Gomes de Paula afirma à CPI que não conhece ninguém do governo federal"Fomos usados de maneira ardilosa", diz reverendo que negociou vacinas em nome do governo

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