Durante sessão da CPI da Covid nesta terça-feira (3), o presidente da comissão Omar Aziz (PSD-AM) disse ao reverendo Amilton Gomes de Paula que ele "traz uma historia muito difícil de alguém acreditar".
"Peço à Vossa Excelência que colabore. Não creio, sinceramente, que o senhor foi lá [no Ministério da Saúde] acompanhado de outras pessoas sem ninguém ter dado um telefonema pra dizer: 'Olha, o pastor, o reverendo, [está subindo]'", disse o senador. Ele ainda insinuou que o reverendo possa ter citado o nome da primeira-dama Michelle Bolsonaro, para mostrar prestígio.
Anteriormente, o reverendo afirmou à comissão que não conhece ninguém no governo federal. Após o vice-presidente da CPI Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o relator Renan Calheiros (MDB-AL) perguntarem ao depoente o que explicaria o seu prestígio por ter sido recebido no Ministério da Saúde no mesmo dia em que encaminhou um e-mail, o reverendo afirmou que a resposta rápida ocorreu devido à "urgência da demanda e escassez" de vacinas contra a Covid-19.
O religioso negociou 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca com a empresa Davati Medical Supply em nome do governo federal, por meio da Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários), entidade privada evangélica, a qual ele é o fundador.
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