Notícias

Omar Aziz faz pronunciamento sobre desfile militar de Bolsonaro: "Cena patética"

Ao abrir a sessão desta terça-feira, o presidente da CPI criticou o chefe do Executivo e afirmou que a democracia é inegociável


10/08/2021 10h30

O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, abriu a sessão desta terça-feira (10) com um pronunciamento sobre o desfile militar organizado pela Marinha para entregar um convite ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Aziz disse que foi uma "cena patética" que evidenciou "fraqueza" do chefe do Executivo.

"Bolsonaro imagina com isso estar mostrando força, mas na verdade está evidenciando toda a fraqueza de um presidente acuado pelas investigações de corrupção, inclusive desta CPI, e pela incompetência administrativa que provoca mortes, fome e desemprego em meio a uma pandemia ainda sem controle", iniciou Aziz.

O senador afirmou que o ato de hoje é um ataque frontal à democracia que precisa ser repudiado. "O papel das Forças Armadas é defender a democracia, não ameaçá-la. Desfiles como esse serviriam para mostrar força para conter inimigos externos que ameaçassem nossa soberania, o que não é o caso. As Forças Armadas jamais podem ser usadas para intimidar sua população, seus adversários, atacar a oposição legitimamente constituída. Não há nenhuma previsão constitucional para isso", prosseguiu.

O presidente da CPI disse ainda que Bolsonaro colocou em xeque o período democrático da história do Brasil e comentou sobre a atuação do presidente: "Em apenas dois anos e meio de mandato, Bolsonaro colocou o país nessa situação vexatória, degradou as instituições e rebaixou as Forças Armadas, formada em sua grande maioria por homens sérios e honrados, como pude presenciar de perto no meu Amazonas".

"Todo homem público, além de cumprir suas funções constitucionais, deveria ter medo do ridículo. Mas Bolsonaro não liga para nenhum desses limites, como fica claro nessa cena patética de hoje, que mostra apenas uma ameaça de um fraco que sabe que perdeu", acrescentou.

Aziz finalizou seu discurso afirmando que não haverá mudança no sistema eleitoral. "Não haverá voto impresso, não haverá nenhum tipo de golpe contra a nossa democracia".  A votação da PEC acontece nesta terça (10).

"A democracia tem instrumentos para defender a própria democracia contra arroubos golpistas. Agressões à Constituição não são legítimas. Defender golpe não é aceitável. E defender o fim da democracia precisa ser punido com o rigor da lei. Nós, os democratas, estamos aqui a postos para defender a democracia e o nosso país com os instrumentos que a Constituição nos confere", concluiu o senador.

Leia também: Toffoli rejeita pedido para barrar desfile com tanques em Brasília nesta terça-feiraNesta terça, CPI ouve coronel apontado como 'ponte' entre Davati e Ministério da Saúde

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Secretaria de Saúde de SP dá dicas para evitar intoxicação infantil durante as férias

EUA receberam informações de plano iraniano para assassinar Donald Trump; Irã nega

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro, diz ministro

Militares custam 16 vezes mais à União do que aposentados do INSS, revela TCU

Concurso TSE Unificado: calendário das provas é alterado; veja mudanças