Augusto Aras, procurador-geral da República, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contrário ao pedido de arquivamento das investigações do caso das "rachadinhas". A solicitação foi feita pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (Patriota).
A informação foi divulgada pelo Jornal O Globo na última segunda-feira (10). Segundo a publicação, Aras afirmou não reconhecer ilegalidades nas investigações do Ministério Público do RJ, apontadas pelos advogados do senador. Ainda, considerou inexistente suposto constrangimento ilegal também alegado pela defesa.
Sobre o caso
O Ministério Público do Rio de Janeiro apurou um suposto esquema que consiste na devolução de parte dos salários de funcionários do gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro na ALERJ. Segundo a investigação, o esquema seria operado pelo ex-assessor Fabrício Queiroz.
O MP denunciou Flávio por lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa, com relação ao suposto esquema de "rachadinha”. O senador justifica sua evolução financeira e patrimonial com os lucros de uma franquia de chocolates em um shopping da Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense. Entretanto, segundo o órgão, a loja serviu para a lavagem de R$1,6 mi. Parte desse valor teria sido depositado na conta da empresa entre 2015 e 2018, depois de supostamente ter sido recolhido dos funcionários por Queiroz.
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