CPI ouve auditor do TCU por 'estudo paralelo' que contesta mortes por Covid-19
Levantamento foi citado por Bolsonaro e depois desmentido pelo Tribunal de Contas da União, que afastou Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques do cargo
17/08/2021 08h33
Nesta terça-feira (17), a CPI da Covid ouve o auditor do TCU (Tribunal de Contas da União) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques. O depoimento está marcado para as 9h30.
Alexandre teria elaborado um "estudo paralelo", no qual contestava as mortes por Covid-19. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou os argumentos do auditor para afirmar que um "relatório" da corte teria apontando que 50% das mortes por Covid-19 teriam outras causas.
O TCU negou a existência do documento à época. Alexandre foi afastado do cargo em junho, após cobrança interna de ministros.
Marques prestou depoimento em julho à comissão constituída no TCU para investigar a conduta do servidor no caso. Conforme reportagem do jornal Folha de S. Paulo, ele afirmou que o documento foi alterado após o envio a Bolsonaro.
A convocação do auditor foi sugerida pelos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Vieira quer “esclarecer os detalhes da participação” do auditor na produção do “estudo paralelo".
Alexandre Marques depõe à comissão do Senado munido de um habeas corpus, concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
Ex-secretário
Também está marcado para esta terça-feira o depoimento do ex-secretário da Saúde do Distrito Federal Francisco de Araújo Filho, denunciado por irregularidades na compra de testes rápidos.
O depoimento atende requerimento do senador Eduardo Girão (Podemos-CE). Ele lembra que a Operação Falso Negativo, deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal, descobriu irregularidades na aquisição de testes para identificação do novo coronavírus.
Filho chegou a ser preso e denunciado por organização criminosa, fraude à licitação e desvio de dinheiro público.
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