o auditor do TCU (Tribunal de Contas da União) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques disse à CPI da Covid nesta terça-feira (17) que nunca afirmou ter havido supernotificação de óbitos causados pela Covid-19 no país. "Era apenas um debate preliminar aberto em equipe para análise colaborativa", apontou.
Marques afirmou ter feito um documento preliminar, com dados inclusivos, compartilhado por seu pai com a família Bolsonaro. "Em nenhum momento passou pela minha cabeça que ele compartilharia o documento em word”, afirmou. Ele depõe à comissão do Senado munido de um habeas corpus, concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou os argumentos do auditor para afirmar que um "relatório" do TCU teria apontando que 50% das mortes por Covid-19 teriam outras causas. O tribunal negou a existência do documento à época. Alexandre foi afastado do cargo em junho, após cobrança interna de ministros.
Durante a sessão desta terça, o depoente disse que ficou indignado com o discurso de Bolsonaro. Para ele, a declaração foi "totalmente irresponsável" por atribuir ao TCU a responsabilidade por um documento que não era oficial.
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Marques também informou que após o documento ser encaminhado por seu pai para Bolsonaro, passou a circular em formato PDF nas redes sociais sendo atribuído ao TCU. O depoente disse que não sabe quem é o responsável pela alteração.
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