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"Não considero que tenha havido uma ditadura", diz ministro Braga Netto sobre 64

Ministro da Defesa participou de audiência na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (17) para esclarecer suposta ameaça às eleições de 2022


17/08/2021 16h33

O ministro da Defesa Walter Braga Netto negou a existência de uma ditadura militar no Brasil, iniciada no ano de 1964. 

"Não considero que tenha havido uma ditadura. Houve um regime forte, isso eu concordo, cometeram excessos dos dois lados mas isso tem que ser analisado na época da história de Guerra Fria e tudo o mais", disse Braga Netto durante participação em audiência conjunta na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (17). O ministro ainda afirmou que "se houvesse ditadura, talvez muitas pessoas não estariam aqui”.

A audiência ocorreu a pedido do deputado Elias Vaz (PSB-GO) e visava esclarecer declaração atribuída ao ministro com suposta ameaça às eleições de 2022. Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo afirma que Braga Netto teria dito ao presidente da Câmara, Arthur Lira, no dia 8 de julho, que, caso o voto impresso não fosse aprovado, não haveria eleição.

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“Reitero que não enviei ameaça alguma, não me comunico com presidente dos Poderes por intermédio de interlocutores", afirmou o general.

Braga Netto se negou a falar sobre recentes declarações de Jair Bolsonaro acerca de um possível pedido de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal: "Não especulo sobre falas de outras pessoas. Eles falam por eles. Não vou comentar sobre isso". Ainda, afirmou que as Forças Armadas "não participaram" de suposta articulação citada em áudio do cantor Sérgio Reis para intimar o Senado Federal a acatar o pedido de retirada de Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso do STF. 

Sobre desfile de tanques ocorrido em Brasília no último dia 10, mesma data da votação do voto impresso pela Câmara dos Deputados, Braga Netto afirmou negou tentativa de intimidação de parlamentares: "Foi simplesmente uma demonstração que estava planejada com muita antecedência".

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