Nesta quarta-feira (18), a CPI da Covid ouve o advogado Túlio Silveira, representante da empresa Precisa Medicamentos nas negociações para a aquisição, pelo governo federal, da vacina indiana Covaxin. O depoimento está marcado para começar às 9h30.
O contrato de compra da Covaxin foi o mais caro entre as negociações feitas pelo governo, o valor total era de R$ 1,6 bilhão para custear 20 milhões de doses, e foi encerrado após denúncias de irregularidades e a constatação de fraude nas documentações enviadas pela Precisa.
O advogado vai comparecer à CPI munido de um habeas corpus. Ele ingressou no STF (Supremo Tribunal Federal) para não comparecer, alegando “sigilo profissional”. O argumento não foi aceito pelo presidente da Corte, o ministro Luiz Fux, que acatou apenas o pedido de Túlio para que possa ficar em silêncio em perguntas que possam incriminá-lo.
A oitiva de Túlio Silveira, que atende a requerimento do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), substitui a acareação entre o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e o deputado Luis Miranda (DEM-DF), denunciante de irregularidades na compra da Covaxin. A avaliação da Mesa Diretora da CPI foi que a acareação pouco contribuiria para esclarecer a questão e serviria apenas para troca de acusações.
Onyx foi o ministro escalado em junho para responder as acusações de Miranda de que havia indícios de corrupção na aquisição da vacina e de que teria apresentado os problemas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele ocupava à época a Secretaria-Geral da Presidência.
Já Miranda é irmão de Luis Ricardo Miranda, chefe da Divisão de Importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Eles apontaram "pressão anormal" para a liberação da importação do imunizante.
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