O Procurador-geral da República, Augusto Aras, acusou os procuradores responsáveis pela operação Lava Jato de cometerem “uma série de irregularidades”, defendeu a separação dos poderes e criticou a lista tríplice durante sabatina no Senado Federal, nesta terça-feira (24). Os senadores votam para a recondução ou não de Aras ao comando da PGR.

"O modelo das forças-tarefa, com pessoalização, culminou em uma série de irregularidades que vieram a público, tais como os episódios revelados na Vaza Jato", destacou Aras, fazendo referência às mensagens trocadas entre o ex-juiz federal Sérgio Moro e procuradores do Ministério Público Federal (MPF) durante a Lava Jato.

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Aras ainda defendeu a separação dos três poderes e afirmou que nunca permitiu que o MP quisesse substituir algum dos poderes. “Cumprir a Constituição é compreender a separação dos Poderes, é poder saber que o dever de fiscalizar condutas ilícitas não dá aos membros do Ministério Público nenhum poder inerente aos poderes constituídos, harmônicos e independentes entre si", afirmou.

Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em julho de 2019 para um mandato de dois anos, Aras foi nomeado fora da lista tríplice da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR). O sabatinado criticou o sistema de indicação por meio de listra tríplice e afirmou que "o sistema utilizado para as eleições internas possibilitava graves inconsistências".

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