Governo federal e Aneel anunciam bandeira tarifária de escassez hídrica
Nova faixa entra em vigor nesta quarta (1º) e fica acima da bandeira vermelha patamar 2; aumento na conta de luz será de 6,78%, com taxa de R$14,20 a cada 100 kWh
31/08/2021 17h49
Diante do pior cenário hídrico dos últimos 91 anos, o governo federal anunciou nesta terça (31) a criação de uma nova bandeira tarifária na cobrança de energia elétrica.
Batizada de bandeira escassez hídrica, a nova faixa fica acima da atual mais alta, a bandeira vermelha patamar 2, que vigora até esta terça.
A bandeira escassez hídrica tem vigência a partir desta quarta (1º), e implica em aumento de 6,78% nas contas de luz; agora, serão cobrados R$14,20 a cada 100 kWh consumidos. As informações foram apresentadas em coletiva de imprensa por André Pepitone, diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), ao lado de Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia.
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De acordo com Pepitone, a bandeira tarifária tem vigência até abril de 2022. Não serão afetados pelas mudanças os moradores do estado de Roraima e os brasileiros inscritos em programas de tarifa social, com subsídios para as contas de energia.
A decisão tomada pela CREG (Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética) busca custear a geração adicional de energia frente à crise hídrica vivida pelo país, afirmou o representante da Aneel.
"Nós temos que ter uma geração adicional para enfrentar a escassez hídrica. Nessa geração adicional está contemplada a importação de energia da Argentina, do Uruguai, geração termoelétrica adicional, e tem um custo nos meses de setembro, outubro e novembro de R$ 8.6 bilhões. Além disso temos um déficit na conta da bandeira de R$ 5.2 bilhões. Temos um custo total de R$ 13,8 bilhões, então foi necessário criar essa bandeira para fazer frente a esse custo", explicou Pepitone.
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