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Jessé Lopes rebate críticas após encontrar ex-marido de Maria da Penha e cita Elize Matsunaga

"Os berros e xingamentos desse pessoal só me fazem acreditar que há uma 'verdade sufocada' por trás disso tudo", escreveu o deputado do PSL-SC nas redes sociais


31/08/2021 18h51

Na tarde desta terça-feira (31), o deputado estadual Jessé Lopes (PSL-SC) se encontrou com Marco Antonio Heredia Viveros, agressor e ex-marido de Maria da Penha.

Após compartilhar foto do momento e dizer que a história de Marco é intrigante, o deputado foi alvo de críticas nas redes. Em resposta, chamou aqueles que estão indignados com o encontro de "militontos".

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"Os berros e xingamentos desse pessoal só me fazem acreditar que há uma 'verdade sufocada' por trás disso tudo", escreve o deputado que se denomina conservador e "fechado com Bolsonaro".

Jessé Lopes ainda citou Elize Matsunaga, mulher condenada a 16 anos e três meses por matar o empresário e ex-marido Marcos Matsunaga em 2012, alegando que Elize é "defendida pela 'trup'" que o critica.

Entenda a história de Maria da Penha

A Lei Maria da Penha foi sancionada em 7 de agosto de 2006 com o objetivo de prevenir e reprimir a violência contra a mulher. O nome foi dado devido a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que viveu o ciclo da violência e foi vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte de seu marido Marco Antonio Heredia Viveros.

Em 1983, Marco atirou em Maria enquanto ela dormia, o que a deixou paraplégica. Quatro meses após o ocorrido, ela retornou para casa. O marido a manteve sob cárcere privado por 15 dias e tentou eletrocutá-la durante o banho. A Justiça permitiu que o agressor cumprisse a pena em liberdade, o que fez com que a vítima levasse a denúncia à Organização dos Estados Americanos (OEA). Maria da Penha se tornou um símbolo de resistência após lutar por justiça ao longo de 19 anos e 6 meses.

Leia também: STF adia julgamento sobre foro de Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas

Sancionada no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei criou varas especializadas para casos de violência doméstica e tipificou os casos para além de agressões físicas como ameaças e ofensas. Também foram incluídas medidas protetivas para resguardar a mulher da proximidade com o agressor.

Relembre a participação de Maria da Penha no Roda Viva:


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