Especialistas destacam prós e contras da proposta de tributação de refrigerantes

No Opinião desta quinta-feira (2), Andresa Boni recebeu a engenheira química Marília Albiero, a médica Zuleika Halpern e o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega. O programa debateu o chamado ‘Tributo Saudável’, petição que propõe aumentar os impostos sobre refrigerantes e bebidas açucaradas como forma de reduzir o consumo.

Coordenadora do projeto Alimentação da ACT Promoção da Saúde, Albiero comparou os possíveis efeitos da mudança na tributação com o resultado das campanhas de controle do tabagismo. O acréscimo no valor do cigarro somado a outras ações de combate levou à queda de 46% no número de fumantes.

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“De todas as medidas aplicadas para o controle do tabaco, que envolveu desde restrição de publicidade, alerta nos maços, restrição em ambientes, as medidas fiscais foram as mais efetivas. Então, baseado em toda essa experiência, mais de 50 localidades no mundo já adotaram a tributação para as bebidas açucaradas, e os resultados têm sido positivos”, defendeu.

Já o ex-ministro da Fazenda disse não acreditar em uma redução efetiva do consumo de bebidas açucaradas com o aumento dos impostos. Além de defender que campanhas de conscientização são mais eficazes, da Nóbrega argumentou que a alteração sugerida pode produzir um resultado adverso.

“Tudo indica que, mais do que a tributação, a conscientização pode dar efeitos maiores. [...] Por mais que seja bem intencionada e meritória a ideia de tributar açucarados para reduzir o seu consumo, isso pode gerar um efeito contrário, ou seja, as pessoas buscarem consumir bebidas que lhes satisfaçam o desejo, mas de menor qualidade”, argumentou.

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Assista ao programa na íntegra: