Em coletiva de imprensa nesta quarta (8), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), rebateu críticas ao uso da vacina CoronaVac como terceira dose contra a Covid-19.
O imunizante corresponde à maior parte das doses de reforço em aplicação no estado, que atende atualmente à população maior de 90 anos. Para o Ministério da Saúde e outros especialistas, o governo deveria priorizar o uso de outros fabricantes, como a Pfizer, para aumentar a proteção.
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"Não quero com isso fazer nenhuma acusação a nenhum cientista, médico ou médica especialista - mas é preciso repor de maneira clara a informação", disse Doria, que convidou à coletiva os médicos José Medina, do Comitê Científico, e Eloísa Bonfá, diretora do Hospital das Clínicas.
Bonfá defendeu que o foco agora deve estar no aumento da cobertura vacinal da população como um todo: "A nossa prioridade, o que deveríamos estar discutindo aqui e a gora é que nós deveríamos reservar as vacinas específicas para finalizar e antecipar a segunda dose da população, principalmente da população adulta. [...] A vacina completa para os adultos significa também para os idosos, pois são eles que cuidam dos idosos", argumentou.
"Todas as vacinas para a Covid-19 aprovadas e utilizadas atualmente no Brasil se mostraram altamente efetivas para reduzir internação e morte. Isso também vale para a CoronaVac, que reduziu 88% das internações e 86% das mortes por Covid", prosseguiu, citando um estudo realizado com 10,2 milhões de pessoas e publicado no New England Journal of Medicine.
"De fato, observamos ao longo da vacinação do idoso, que foi predominantemente com a CoronaVac, o efeito protetor da vacina que ainda se mantém em nosso meio. A vacina funcionou e continua protegendo a população", completou a especialista.
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Assista ao trecho da coletiva de imprensa:
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