Um dia após o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), repudiar os ataques à democracia por parte de Jair Bolsonaro (sem partido), Luís Roberto Barroso também falou, e desmentiu as acusações feitas pelo Presidente da República.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse, em pronunciamento nesta quinta-feira (9), que “insulto não é argumento, ofensa não é coragem, a incivilidade é uma derrota do espírito, a falta de compostura nos envergonha perante o mundo.”
Barroso é um dos ministros mais atacados por Bolsonaro, que defende o voto impresso, mente ao alegar que o voto atual não é auditável e diz que as eleições presidenciáveis de 2018 foram fraudadas, pois deveria ter sido eleito ainda no primeiro turno.
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Em resposta aos ataques infundados, o ministro apontou que “todas as pessoas de bem sabem que não houve fraude e quem é o farsante”. “O presidente repetiu que teria havido fraude na eleição que ele se elegeu, mas não apresentou provas. É tudo retórica vazia e política de palanque contra pessoas que trabalham sério", completou.
No discurso, ainda foi abordada a visão que o resto do mundo tem do país com Bolsonaro no poder. “A marca ‘Brasil’ sofre, nesse momento, uma desvalorização global. Não é só o real que está desvalorizando. Somos vítimas de chacota e de desprezo mundial. Um desprestígio maior do que a inflação, que o desemprego.”
Ao falar sobre o estado democrático de direito, Barroso também constatou que “não podemos permitir a destruição das instituições para encobrir o fracasso econômico, social e moral em que estamos vivendo. A democracia tem lugar para conservadores, liberais, progressistas. O que nos une nas diferenças é o respeito à Constituição.”
“A democracia só não tem lugar para quem pretenda destruí-la”, concluiu o ministro.
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