Ex-presidente da OAS escreveu carta voltando atrás em acusações contra Lula na Lava Jato
O documento produzido pelo próprio Leo Pinheiro foi fundamental para o arquivamento da investigação contra o ex-presidente em caso da tráfico de influência em benefício da OAS
14/09/2021 14h42
O ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, escreveu uma carta voltando atrás das acusações que fez contra o ex-presidente Lula em sua delação premiada na Operação Lava-Jato. Esse documento foi um dos principais elementos para que a investigação contra o petista por corrupção e tráfico de influência junto ao governo da Costa Rica fosse arquivada. A carta foi publicada pela jornalista Bela Megale.
A carta foi escrita por Pinheiro em maio e foi adicionada ao processo em junho. Nela, ele diz que nunca autorizou ou teve conhecimento de pagamentos de propina às autoridades citadas no caso. Além disso, alegou que nunca houve menção sobre vantagens indevidas durante encontro na Costa Rica.
Em outro trecho do documento, o empresário fala que não sabe informar “se houve intercessão do ex-presidente Lula junto à Presidente (ex) Dilma e/ou ex-ministro Paulo Bernardo”.
“A empresa OAS não obteve nenhuma vantagem, pois inclusive não foi beneficiada por empréstimos do BCIE – Banco Centro Americano de Integração Econômica. Não sabendo informar se houve efetividade da solicitação do Presidente do BCIE, senhor Nick Rischbieth Alöe junto ao senhor Ex. Presidente Lula e demais autoridades citadas”, escreveu.
Leia também: PF prende oitavo suspeito de atacar agências bancárias em Araçatuba
Anteriormente, em sua delação premiada, Pinheiro disse que durante uma viagem a Costa Rica, pediu para Lula que realizasse uma audiência com Nick Rischbieth Gloe, presidente do Banco Centro-Americano de Integração Econômica (BCIE). As intenções do ex-presidente da OAS era aumentar a participação do Brasil na estrutura societária da instituição financeira, e credenciar a empreiteira nesta parceria.
Ele ainda disse que o encontro foi na suíte onde Lula estava hospedado e teve a presença dele e do diretor da OAS Augusto Uzeda. Desde o início, Uzeda negou a realização dessa reunião.
REDES SOCIAIS