O Facebook promoveu, nos últimos três anos, estudos internos sobre a toxicidade do Instagram, rede social que também pertence à companhia. Os resultados concluem que o aplicativo de compartilhamento de fotos e vídeos afeta negativamente a saúde mental dos usuários adolescentes.
O documento, analisado pelo jornal The Wall Street, afirma que "32% das adolescentes disseram que, quando se sentiam mal com seus corpos, o Instagram as fazia sentir pior". Além disso, o relatório aponta que, segundo o Business Insider, "as comparações no Instagram podem mudar a forma como as jovens se veem e se descrevem".
Essas descobertas não são pontuais: foram consistentes ao longo dos últimos anos de pesquisa interna. A reportagem não menciona a duração do estudo, mas lembra que em 2019, em uma apresentação interna do Facebook, a empresa já havia dito que tornou "os problemas de imagem corporal piores para uma em cada três meninas adolescentes".
Outra apresentação destacou que uma pequena porcentagem de usuários adolescentes britânicos e americanos do Instagram disse que começou a ter pensamentos suicidas devido ao uso da rede social.
Hoje, mais de 40% dos usuários do Instagram têm menos de 22 anos, de acordo com documentos analisados pelo jornal norte-americano.
Versão do Facebook
Quando contatados pelo The Wall Street, os representantes do Facebook responderam por meio de uma nota: "Embora a história se concentre em um conjunto limitado de descobertas e as lance sob uma luz negativa, nós apoiamos esta pesquisa".
"Isso demonstra nosso compromisso com a compreensão de questões complexas e difíceis com as quais os jovens podem lutar e informa todo o trabalho que fazemos para ajudar aqueles que estão enfrentando essas questões", completava o documento.
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