Apontado como lobista da Precisa Medicamentos, Marconny Faria passou à condição de investigado da CPI da Covid ao final da sessão desta quarta-feira (15). Ele compareceu, inicialmente, como testemunha. A decisão foi anunciada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão.
"Em função do que aqui se colocou e do que todo mundo presenciou nesse depoimento enfadonho, impreciso, mentiroso em alguns aspectos, quero aceitar as várias sugestões e dizer que passo a elevar a lista dos investigados dessa Comissão Parlamentar de Inquérito, e incluo o nome do senhor Marconny Farias como um dos investigados", disse Calheiros.
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Marconny é suspeito de ter atuado na tentativa de venda da vacina indiana Covaxin para o Ministério da Saúde. Durante o depoimento, ele negou ser lobista da empresa: "Se eu fosse lobista, eu seria um péssimo lobista porque jamais fui capaz de transformar minhas relações sociais em contratos e resultados econômicos milionários conforme divulgado falsamente pela imprensa. Nunca recebi dinheiro público".
A relação entre o advogado e Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, também é alvo de investigação da Comissão. A CPI aprovou a convocação da mãe de Jair Renan para esclarecimentos.
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