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CPI ouve diretor executivo da Prevent Senior, acusada de prescrever 'kit Covid'

Empresa de planos de saúde teria 'assediado' pacientes para usarem cloroquina, diz senador responsável pelo requerimento de Pedro Benedito Batista Júnior


16/09/2021 09h05

Nesta quinta-feira (16), a CPI da Covid ouve o diretor executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, na condição de testemunha. O depoimento está marcado para as 9h30.

O objetivo da comissão do Senado é investigar a empresa sobre uma suposta pressão para que os médicos conveniados prescrevessem medicamentos do chamado 'kit Covid', sem eficácia e segurança comprovada, além de denúncias de pacientes da operadora, que teriam sido assediados para aceitar o tratamento precoce.

Pedro obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de não responder a perguntas dos senadores que possam gerar a sua autoincriminação.

Na decisão, o ministro Ricardo Lewandowski também garantiu ao diretor da Prevent Senior o direito de ser auxiliado por advogado e de não sofrer constrangimentos, em especial ameaças de prisão ou de processo, caso queira ficar em silêncio para não se autoincriminar.

O requerimento de convocação do depoente é de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE). O parlamentar ressalta que a aquisição, distribuição e indução ao uso dos medicamentos como a cloroquina e a hidroxicloroquina “que compõem com outros medicamentos o chamado kit Covid e a terapêutica do ‘tratamento precoce’ eleita pelo governo federal como política pública para enfrentamento da Covid-19, por diretriz do presidente Jair Bolsonaro, revela inadequado investimento de recursos públicos em medida sanitária desprovida de respaldo científico”, avalia o senador. 

De acordo com o parlamentar, que trouxe o caso para conhecimento do colegiado, a denúncia é objeto de avaliação no Tribunal de Contas da União (TCU), no âmbito de processo que está sendo movido por um grupo de profissionais médicos ligados à empresa.

Segundo Humberto Costa, diversos usuários da Prevent Senior têm procurado os membros da CPI para denunciar essa política.

"A divulgação desses medicamentos imbui nas pessoas a falsa crença de que existe prevenção medicamentosa, tratamento e cura para a Covid-19, acentuando a negligência com medidas recomendadas cientificamente de distanciamento e isolamento social e uso de máscaras. Em abril de 2020, o governo federal aplicou recursos da ordem de R$ 1,1 milhão pelo Ministério da Defesa para a produção de 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército para tratamento da Covid-19", escreveu em seu requerimento.

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