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Reprodução/TV Cultura
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No Linhas Cruzadas desta quinta (16), o tema é a figura do Diabo. Ao lado da jornalista Thaís Oyama, o filósofo Luiz Felipe Pondé traçou um histórico dos conceitos como inferno e demônios como conhecemos hoje. 

"O inferno, como o Diabo, são figuras que a gente pode dizer com toda certeza que foram construídas historicamente. Hoje a gente fala que tudo é construído historicamente, mas aí é uma hipótese. Nesse caso, não. Você acompanha textos e na realidade é todo um processo que, inclusive, no caso do Diabo, os espíritos malignos foram cultivados antes de espíritos benignos, pelo simples fato que os seres humanos só se ferra", explicou o filósofo. 

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Pondé também relacionou o conceito de inferno na cultura com o vale Geena, em Jerusalém. "Dentro desse processo de construção da ideia do que a gente chama de inferno, um dos elementos é um elemento geográfico, histórico, que era o vale onde se jogava cadáver de bandidos, gente condenada por roubo, gente fora da lei e em geral. [...] O vale acabou se transformando numa das inúmeras fontes e acabou por construir essa noção que a gente tem de inferno hoje que seria um lugar para onde as pessoas vão", continuou. 

A ideia de que o inferno seria um lugar abaixo do mundo dos vivos também encontra raízes na mitologia grega, com Hades como a figura responsável pelo "submundo" da morte, segundo o filósofo. "Outro componente importante foi a própria influência da concepção de Hades, da Grécia, só que ia todo mundo. Não era um inferno, mas era um submundo, embaixo, e era um lugar onde a as pessoas irão experimentar uma espécie de eternidade sem vida, sem gosto", pontuou. 

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Veja o trecho:

Assista ao programa na íntegra:

Exibido às quintas, Linhas Cruzadas é parte da faixa de jornalismo da TV Cultura que traz uma atração diferente para cada dia da semana após o Jornal da Cultura. Sob o comando de Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama, o debate semanal vai ao ar sempre às 22h.