Autoridades britânicas confirmaram na última sexta-feira (17), um caso clássico do mal da “vaca-louca”, em Somerset, no sudoeste da Inglaterra. O animal foi abatido.
A encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ou doença da "vaca-louca", teve origem no Reino Unido e ficou mundialmente conhecida depois de um surto ocorrido entre a década de 1980 e 1990. Na época, mais de 4 milhões de cabeças de gado foram sacrificadas e o consumo de carne bovina foi proibido no país.
Segundo a Agência de Saúde Vegetal e Animal do Reino Unido (APHAN), o caso mais recente se deu por origem clássica, isto é, por contaminação. Isso significa que o animal ingeriu, através da ração de origem animal, a proteína contaminada. No Brasil, esse tipo de ração é proibido.
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A doença está bem controlada no Reino Unido, desde 2014, apenas quatro casos foram confirmados. Além disso, as autoridades sanitárias informaram que, a fazenda que abrigou o caso está sob investigações. Também afirmaram que a exportação de carne bovina não deve ser afetada.
A EEB também pode ocorrer de forma “atípica”, ou seja, através da mutação de um príon, uma proteína que já existe no cérebro bovino e humano. Quando a mutação acontece, muitas vezes sem motivo aparente, o príon afetado passa a matar os neurônios do organismo.
As consequências visíveis são que, uma vaca que costumava ser calma e pacífica, começa a se comportar de forma agressiva, muitas vezes até perigosa. Por isso o nome “vaca-louca”. O principal agravante é que a doença é transmissível para humanos, mediante consumo da carne infectada. Os sintomas são: perda de memória, perda de visão, depressão, insônia e possivelmente levar a óbito em até um ano.
O Brasil registrou dois casos ainda esse ano, no início de setembro. Ao contrário do Reino Unido, os episódios nacionais foram de origem atípica, ou seja, através de mutações espontâneas, o que ajuda a conter a disseminação da doença. A situação afetou a exportação brasileira para a Arábia Saudita e para a China.
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