"O Brasil só será um país civilizado quando enfrentar o racismo”, diz Jorge Furtado

Sob o comando de Vera Magalhães, o Roda Viva desta segunda-feira (20) recebeu Guel Arraes e Jorge Furtado. Eles se juntam para lançar um livro que simula um debate entre Lula e Bolsonaro, antes das eleições de 2022. Em breve, o livro "O Debate" vai virar peça de teatro.

Jorge Furtado trabalhou em "Nada Será Como Antes"; "Sob Pressão"; "O Homem que Copiava" e "Todas as Mulheres do Mundo".

O escritor afrofuturista e podcaster no "Infiltrados no Cast" Ale Santos questionou o escritor Jorge Furtado sobre a importância de protagonistas negros nas produções audiovisuais. Santos relembra o nome de Lázaro Ramos, um dos mais influentes atores do país, e pergunta ao roteirista o que o Brasil ganha com protagonistas negros nas telas.

“O Brasil tem que ser representado nas suas telas com sua maioria negra, o Brasil é um país de maioria negra que nem de longe está representado nas telas, nas Câmaras Federais, nas Assembleias. Essa segunda abolição terá que vir um dia, o Brasil só será um país civilizado quando enfrentar de cara aberta o racismo”.

Veja trecho completo: 

O escritor ainda disse que existem diversas formas de ser antirracista dentro da dramaturgia. Para ele, algumas produções os personagens podem ser negros ou brancos e não faz muita diferença. Nesta ocasião, os protagonistas pretos precisam ser inseridos na história. Segundo ele, faz bem para o Brasil.

Participaram da bancada de entrevistadores Marina Person, apresentadora, cineasta e atriz; Ale Santos, escritor afrofuturista e podcaster no Infiltrados no Cast; Sabrina Fidalgo, cineasta e colunista da Vogue Brasil; Maria Fortuna, repórter de cultura do Jornal O Globo; Dirceu Alves Jr, jornalista e crítico de teatro.

O Roda Viva vai ao ar às segundas, às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube, no Dailymotion, nas redes sociais Twitter e Facebook.

Veja o programa completo na íntegra: