InCor dá alta a 1º paciente de Covid com pulmão transplantado
Henrique Batista do Nascimento ficou com pulmão artificial até receber novo órgão. O analista de sistemas passou por ECMO e ficou 6 meses no hospital
22/09/2021 15h50
O primeiro paciente de Covid-19 com pulmão transplantado do Brasil teve alta hospitalar nessa segunda-feira (20). O analista de sistemas Henrique Batista do Nascimento, de 31 anos, sem nenhum tipo de comorbidade, foi internado em 18 de março e precisou ser intubado em 1º de abril no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Dos três transplantes do tipo realizados no hospital em pacientes de Covid, ele foi o único que sobreviveu.
Com a evolução da doença, ele teve de ser transferido no dia 13 de abril para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do InCor (também na capital paulista). Já na UTI, Henrique começou o tratamento com a Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO), conhecida como oxigenação artificial. Ao retirar o aparelho, no dia 20 do mês passado, o analista recebeu o novo pulmão.
Os médicos apontam que o chamado 'transplante duplo' é o último recurso para pacientes que tiveram o pulmão completamente comprometido pelo coronavírus O primeiro deste tipo do mundo aconteceu em abril deste ano, no Japão.
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Henrique teve um bebê que completou 1 ano enquanto ele ainda estava no hospital, ainda precisará se submeter a sessões de reabilitação respiratória para se adaptar à nova vida com o pulmão transplantado. Segundo declaração do analista de sistemas, o tempo agora é de mais pausas e planos.
“Esse período de internação me fez enxergar a vida com mais leveza, mais pé no freio, sabe?", para ele, ficar esse tempo longe da sua família o fez ter forças para lutar a luta que fosse.
O fisioterapeuta respiratório Fábio Rodrigues, que acompanhou o tratamento de Henrique, contou em entrevista ao G1 que, "Sem o transplante, ele morreria. O pulmão ficou completamente fibrosado. Ficaria impossível respirar com seu próprio pulmão", afirma. Segundo o fisioterapeuta, a reabilitação leva de três a seis meses, e o acompanhamento médico é para o resto da vida.
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