Facebook apaga publicações nazistas feitas por promotora do DF
Além das postagens extremistas, Maria Olímpia Ribeiro Pacheco também compartilhou posts de cunho homofóbico e racista
23/09/2021 14h48
Apoiadora declarada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a promotora Maria Olímpia Ribeiro Pacheco teve algumas de suas publicações deletadas pelo próprio Facebook, nessa quarta-feira (22). Nas postagens, Pacheco demonstrava apoio ao regime nazista e ao "Fuhrer" - "líder" em alemão -, Adolf Hitler. A denúncia veio do site Congresso em Foco.
Pacheco é promotora do Distrito Federal e servidora pública do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Segundo o portal Congresso em Foco, ela havia feito 7 publicações na sua conta pessoal do Facebook de cunho nazista, que incluíam imagens e frases, no dia 17 de setembro de 2016. As postagens permaneceram no site durante 5 anos.
Em nota o Facebook afirmou que "Não permitimos conteúdo que elogia, apoia ou representa o nazismo". Além disso, as publicações de Pacheco são inconstitucionais porque desobedecem a Lei Federal Antirracismo (Lei 7.716, de 1989), que proíbe a veiculação, distribuição, comercialização e fabricação de símbolos ou emblemas que apresentem a suástica para fins de divulgação do nazismo.
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O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) informou nessa quarta-feira (22), que abriu um inquérito com a intenção de apurar a conduta disciplinar da promotora Maria Olímpia Ribeiro Pacheco. A Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Legislativa disse que irá se posicionar contra a promotora ao CNMP.
O Ministério Público justificou o episódio informando que se trata da rede pessoal de Pacheco. Depois das postagens virem à tona, a promotora tirou do ar a maioria de seu conteúdo.
Recentemente, Pacheco pediu o arquivamento do inquérito contra o médico indiciado por fazer publicações homofóbicas em suas redes sociais, e apoiar abertamente a "cura gay", uma suposta terapia que seria capaz de reformular a orientação sexual de pacientes. A técnica é proibida pelo Conselho Federal de Psicologia. Segundo a promotora, o médico estava exercendo seu direito de liberdade de expressão.
Além das postagens de cunho nazista, Pacheco usava suas redes sociais para demonstrar apoio a Olavo de Caravalho, considerado "guru" do bolsonarismo, e disseminar notícias falsas a respeito da vacinação contra a Covid-19.
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