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Reprodução/Flickr Senado
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Em depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (28), a advogada Bruna Morato, que representa 12 médicos da Prevent Senior, afirmou que os profissionais foram "coagidos" pelo plano de saúde a prescrever drogas ineficazes contra a doença e que, caso não seguissem os protocolos da empresa, eram punidos com demissão ou perda de plantões.

Os ex-médicos da Prevent denunciaram pressão e assédio constantes para prescrever medicações que eles sabiam que não funcionam contra a Covid-19 e que podiam agravar o quadro dos pacientes.

"Inúmeros profissionais foram coagidos. Eram repreendidos na frente dos colegas. Outros foram demitidos e existia castigo estipulado dentro da rede, que era a redução de plantões. Se você não demonstrasse lealdade aos preceitos da empresa e obediência aos protocolos apresentados, você recebia punições", declarou a advogada à CPI.

Bruna disse ainda que ouviu relatos de plantonistas dizendo a pacientes que eram obrigados a prescrever o "kit Covid", senão seriam demitidos.

"Chegou a um ponto tão lamentável, na minha opinião. Esse kit era composto por 8 itens. O plantonista dizia para o paciente: 'Preciso te dar. Se eu não der, sou demitido. Se você for tomar, toma só as vitaminas e proteínas. Os outros [medicamentos], além de não terem eficácia, são muito perigosos'", relatou Morato.

"O objetivo era que as pessoas tivessem a impressão de que existia um tratamento eficaz contra a covid-19. Eles tinham a intenção de dizer que se as pessoas ficassem doentes elas tinham tratamento, desde que esse tratamento fosse feito. Esse tratamento recebeu nome de tratamento precoce. As pessoas recebiam o kit, tinham que tomar e supostamente estavam salvas de qualquer complicação", disse.

O material compilado pela advogada foi entregue à comissão do Senado e cita uma série de irregularidades cometidas pelo plano de saúde durante a pandemia de Covid-19 – entre as quais, a ocultação de óbitos pela doença e a prescrição de remédios sem eficácia, como hidroxicloroquina e azitromicina. 

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