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Reprodução/Flickr/Senado Federal
Reprodução/Flickr/Senado Federal

Em meio ao depoimento desta quarta-feira (29) de Luciano Hang na CPI da Covid, o presidente da Comissão, Omar Aziz, se irritou com o aparente desrespeito do empresário ,que levou placas ao Senado com dizeres como “não me deixam falar”. Aziz suspendeu a sessão.

A sessão de hoje (29) está sendo marcada por tensões. No início do depoimento, Luciano Hang pediu para passar um vídeo. Depois disso, os senadores se revoltaram alegando que o conteúdo não passava de uma propaganda da empresa de Hang - a Havan - e que não mencionava qualquer temática que tange ou seja relevante à CPI da Pandemia.

Dando seguimento à sessão, a palavra foi passada ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). Ele leu um texto em que compara Hang a um “bobo da corte”, o que gerou discussões. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos, RJ), filho do presidente, que pouco comparece à CPI, saiu em defesa do empresário. Calheiros disse não ter ofendido ninguém.

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Renan Calheiros prosseguiu fazendo perguntas à Hang, no que concerne à sua vida corporativa. Em um dos questionamentos, o empresário foi indagado se já havia recebido financiamento de bancos públicos, e se esquivou ao responder. Calheiros, então, pediu ao depoente que fosse objetivo. A partir daí, senadores governistas saíram em defesa de Hang, alegando que as respostas não precisariam ser apenas “sim” ou “não”.

Além disso, houve um conflito direto entre o senador Rogério Carvalho (PT-SE) e um dos advogados de Luciano Hang. O microfone não captou a fala do representante legal de Hang, que ofendeu Carvalho. Os dois trocaram farpas, e o senador pediu a Aziz que o advogado fosse retirado da sessão.

Depois disso, o senador Jean-Paul Prattes (PT-RN) criticou o fato de Hang ter liberdade para fazer ou falar o que quisesse. Antes da convocação do dono da Havan houve um questionamento se ele deveria ir ao Senado. Isso porque muitos senadores acreditavam que o empresário usaria à CPI como uma forma de “espetáculo bolsonarista”, se colocando na posição de vítima - o que de fato fez, através das placas que dizem “Não me deixam falar” -, disseminando o negacionismo e ridicularizando o trabalho dos senadores que investigam a gestão desastrosa da pandemia.

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