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O Opinião desta quarta-feira (29) tratou do déficit habitacional no Brasil agravado pela pandemia. Os economistas Ciro Biderman, coordenador do Centro de Política e Economia do Setor Público da FGV, e Ricardo Jacomassi, sócio da TCP Partners, mencionaram o preço dos aluguéis como fator para a piora do cenário.

Biderman ressaltou que a taxa de deficiência de moradias já vinha crescendo antes da crise sanitária. De acordo com o economista, o valor do aluguel é um dos principais elementos que intensificam o problema no país, o que prejudica sobretudo a população de baixa renda.

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“Onde você está vendo problemas mais graves é no aluguel excessivo, no caso, de 30% da renda. Definiu-se que acima desse percentual seria um aluguel demasiado elevado para as famílias fazerem face aos seus outros gastos, o que reforça que esse problema está relacionado a uma insuficiência de renda”, explicou.

Segundo levantamento realizado pela TCP Partners, o déficit habitacional deve atingir mais de 6 milhões de moradias em 2021. Ao analisar os resultados da pesquisa, Jacomassi, além de citar a alta no preço da locação de imóveis, considerou o acréscimo no número de desempregados como aspecto que acentua a carência de moradias no Brasil.

“O que chamou a atenção foi o aumento dos aluguéis, de uma forma bastante agressiva. Por outro lado, a gente identificou o desemprego, que é importante também para o cômputo do déficit, porque, se a pessoa não tem renda ou perdeu seu emprego e deixou de pagar as parcelas do financiamento, isso também acaba acarretando o déficit”, destacou.

Para Jacomassi, a expectativa é de que o cenário se recupere somente daqui a um ano e meio. “O que a gente espera é que o déficit tenha um crescimento ao longo de 2021 e 2022 e volte a declinar a partir de 2023, já com uma sinalização melhor da economia, eventualmente com a inflação mais ajustada”, finalizou.

Também participaram do Opinião Flavio Amary, secretário de Estado da Habitação de São Paulo, e Kazuo Nakano, arquiteto, urbanista e professor do Instituto das Cidades da Unifesp.

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Assista ao programa na íntegra: