Notícias

Internações de crianças e jovens por síndrome respiratória já superam 2020 em 17%

Para falar sobre o tema, Jornal da Tarde conversou com o infectologista Victor Horácio, vice-diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba


06/10/2021 20h12

O número de internações de crianças e adolescentes de zero a 14 anos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) cresceu em 2021 e já supera o total do ano passado em 17%. As crianças de zero a 4 anos foram as mais afetadas, com um aumento de 35% entre um ano e outro.

Sobre os motivos desse aumento e a relação da síndrome com a Covid-19, o Jornal da Tarde conversou com o infectologista Victor Horácio, vice-diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, uma das referências em pediatria no país. Segundo o doutor, um dos fatores para a proliferação dos casos é a mudança climática.

“Locais onde você tem o clima mais frio, e que as pessoas ficam mais tempo juntas, acaba sendo um fator importante de risco. O outro fator é que a testagem de vírus aumentou muito em virtude do Covid-19. Então hoje a gente acaba fazendo mais diagnósticos das infecções virais em virtude da necessidade de confirmar ou descartar o novo coronavírus”, explica.

Leia Também: Brasil registra 530 mortes por Covid-19 em 24h e se aproxima da marca dos 600 mil óbitos

Em se tratando de sintomas da doença, o médico relata que existem três sinais principais que pais e responsáveis devem estar atentos, são eles obstruções de via respiratória, presença de febre duradoura e tosse.

“Tosse com febre e obstrução nasal já pode ser o início da abertura de um quadro de síndrome respiratória que no final acaba evoluindo muitas vezes para a clássica dificuldade respiratória que é insuficiência respiratória que acomete as crianças”, comenta Horácio.

“O tratamento na grande maioria das vezes é sintomático, você pode fazer inalação, descongestionante tópico nasal e, em casos mais graves, oxigenoterapia. Sempre com acompanhamento médico e lembrando da importância de não realizar automedicação em casa”, completa o médico.

Assista na íntegra a entrevista com o infectologista Victor Horácio no trecho que foi ao ar esta quarta-feira (6) no Jornal da Tarde:

Leia Também: Surtos de síndrome mão-pé-boca são registrados em crianças do sul do Brasil

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Secretaria de Saúde de SP dá dicas para evitar intoxicação infantil durante as férias

EUA receberam informações de plano iraniano para assassinar Donald Trump; Irã nega

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro, diz ministro

Militares custam 16 vezes mais à União do que aposentados do INSS, revela TCU

Concurso TSE Unificado: calendário das provas é alterado; veja mudanças