Crianças que têm microcefalia em decorrência do contágio pelo vírus zika apresentam uma alteração em seu desenvolvimento neurológico, segundo um estudo publicado na revista PLOS ONE. A pesquisa, que recebeu o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), foi realizada em Salvador (BA) e acompanhou 42 bebês.
Foi confirmado que, entre os dois e os três anos de idade, as crianças apresentam um desenvolvimento neurológico heterogêneo. A variação pode ser detectada por uma avaliação, e a identificação auxilia na abordagem especializada.
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As crianças que contribuíram com a pesquisa tinham entre 24 e 40 meses e nasceram com a síndrome congênita do zika, nome dado às diversas sequelas ocasionados pela infecção ainda na gestação. O vírus é transmitido pelo Aedes Aegypti, mesmo mosquito que transmite a dengue e o chikungunya.
Dentre os problemas, estão a paralisia cerebral em grau elevado e atrasos de cognição. A heterogeneidade foi comprovada por diferentes resultados nas avaliações dos bebês. Também foi descoberto, através do estudo, que a microcefalia está relacionada a um menor nível cognitivo e motor.
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