“CPI não tem competência para investigar o presidente”, diz Flávio Bolsonaro
Segundo o relator da Comissão, Renan Calheiros, os filhos do presidente também serão indiciados
15/10/2021 17h50
Senador e filho do presidente da República, Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ) comentou nesta sexta-feira (15) sobre o relatório final e os indiciamentos de Jair Bolsonaro (sem partido) em entrevista à CNN Brasil. O senador rebateu o relator da Comissão Renan Calheiros (MDB-AL) e afirmou que a CPI não tem poder para investigar o chefe do executivo.
“A CPI não tem competência para investigar presidente. Algum governante já lidou com pandemia? Querem cobrar do presidente uma postura em tempos normais. Não é fácil tomar decisões”, questionou Flávio.
Calheiros disse nesta sexta à CBN que Bolsonaro será indiciado por 11 crimes: Epidemia com resultado morte; infração de medidas sanitárias; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documento particular; charlatanismo; prevaricação; genocídio de indígenas; crimes contra a humanidade; crimes de responsabilidade; e homicídio por omissão.
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Segundo Calheiros, Flávio e os outros filhos devem ser indiciados por fake news. O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e cerca de outras 40 pessoas também devem responder por outros crimes.
O senador Flávio Bolsonaro publicou um pronunciamento sobre o relatório final, e diz que não passa de uma “alucinação”.
“O relatório do senador Renan Calheiros é uma alucinação, não se sustenta e é um desrespeito com as quase 600 mil vítimas da Covid que esperavam algo de útil da CPI. Trata-se apenas de uma peça política para agradar ao PT e para tentar desgastar o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. As acusações contra mim e contra o governo não têm base jurídica e sequer fazem sentido. É preciso lembrar que todas as vacinas aplicadas no País, sem exceção, foram compradas pelo governo Bolsonaro. E que, apesar da CPI insistir no rótulo de negacionista, foi o governo Bolsonaro que aplicou mais de 254 milhões de doses de vacina. Se não fosse Bolsonaro, que por meio do auxílio emergencial, transferiu R$ 335,6 bilhões e atendeu 68 milhões de brasileiros, o país teria se transformado num caos”, escreveu.
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