“A escola salva vidas diretamente”, diz Douglas Belchior, professor de história na Uneafro

No Dia do Professor, o Estação Livre exibiu uma edição especial sobre a educação brasileira. O programa teve a participação de Ednéia Gonçalves, educadora e socióloga e do ativista e professor de história na Uneafro Douglas Belchior.

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Um dos tópicos abordados durante a conversa foi o cenário pós-pandemia. A apresentadora Cris Guterres informou que entre 2020 e 2021, a evasão escolar de jovens entre 15 e 20 anos aumentou significativamente e perguntou: O que precisa ser feito para colocar a educação como transformadora para o futuro desses jovens?

Douglas acredita que a escola é fundamental, principalmente para os negros, e que além de projetar o futuro, ela salva vidas diretamente. “Quando você cruza os dados avaliando idade de estudantes que deveriam estar matriculados na escola com jovens que foram assassinados pela polícia ou estão no mercado de trabalho precarizado, é a mesma faixa etária”.

Ainda segundo o professor, durante a pandemia, 43 milhões de crianças deixaram de se alimentar pela pausa no ensino presencial.

Para Ednéia, existe uma memória da pandemia que ainda não foi acessada pelas escolas e pelos governos. A socióloga conta que as comunidades se organizaram com redes de apoio para sobrevivência física e simbólica dos grupos em suas favelas e isso ainda não foi assimilado. “O que a gente pensa quando se fala de pandemia é ‘o que o aluno não aprendeu’, mas durante o distanciamento houve muito aprendizado e conhecimento”.

Veja o trecho completo:

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Assista ao programa na íntegra: