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Flickr/Ministério da Economia
Flickr/Ministério da Economia

Durante evento de lançamento do Plano Nacional de Crescimento Verde, o ministro Paulo Guedes (Economia) falou sobre o Auxílio Brasil e admitiu que “não é possível disfarçar a verdade” sobre o teto de gastos para viabilizar o programa.

“É evidente que, seja com pedido de extrateto, seja com uma revisão. Não podemos disfarçar a verdade. A verdade é que vai haver um gasto um pouco maior. Estamos falando de 30 e poucos bilhões. E a pergunta é a seguinte: para um país que arrecadou mais de R$ 300 bilhões a mais do que no ano passado, 30 bilhões são 10%”, disse Guedes.

O Auxílio Brasil é o principal assunto do governo nas últimas semanas. Na última terça-feira (19), o governo cancelou o evento de apresentação do programa devido a repercussão negativa no mercado.

O mercado ficou com pé atrás com o programa após o próprio ministro falar da possibilidade de furar o teto de gastos para fazer viabilizar o pagamento de R$ 400 para os beneficiados. Ainda não há data para a apresentação do projeto, que ainda pode passar por alterações.

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“Não dá para dar mais R$ 30 bilhões para os mais frágeis em um momento terrível como esse? Se basta uma frase do presidente para aparecer R$ 100 bilhões, brotar do chão, de repente?! Por que não podemos pensar, ousadamente, a respeito disso?! Então, eu acho que estamos no caminho certo. A nossa arrecadação, que tinha vindo R$ 200 bilhões, acima do previsto, já passou dos R$ 300 [bilhões]. Então... isso não é um sinal para sair gastando, não”, completou o ministro.

Saídas do Ministério da Economia

Na última semana, a pasta sofreu baixas importantes. Os secretários do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal e Jeferson Bittencourt, respectivamente, pediram demissão de seus cargos na última quinta-feira (21).

Além deles, Gildenora Dantas, secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, e Rafael Araujo, o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, também pediram exoneração de seus cargos.

O Ministério da Economia se pronunciou por meio de uma nota, afirmando que os pedidos de exoneração tiveram cunho pessoal, mas permitem que existam processos de transição e continuação dos compromissos das secretarias.