Nessa segunda-feira (1º) se iniciou a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) em Glasgow, na Escócia. O encontro procura discutir o atual contexto ambiental, além de estabelecer metas que possam reduzir e minimizar o estrago do efeito estufa e do aquecimento global, dentre outros agravantes do clima. No entanto, até agora, líderes se mostraram pouco aptos a fazer promessas concretas e, apesar de reconhecerem a seriedade da situação, se esquivaram de metas precisas. 

O premiê britânico, Boris Johnson abriu a COP26, visto que o Reino Unido é o anfitrião esse ano. No discurso, Johnson afirmou que o momento de agir é agora: "estamos a um minuto da meia-noite", e ainda completou: "gerações futuras não vão nos perdoar se falharmos agora". Além disso, colocou pressão na iniciativa privada, que, segundo ele, deve se comprometer a abaixar as emissões de gases poluentes. 

Depois de irem a Roma para o encontro do G20, líderes mundiais se dirigiram a Glasgow sem muita determinação para estabelecer prazos e se esquivaram de assumir a meta de redução de gases poluentes até 2050. No lugar, fizeram menções vagas sobre reduzir "até ou aproximadamente meados do século".

Leia mais: Jornalistas são agredidos por seguranças do presidente Jair Bolsonaro em Roma

Ainda, os líderes não estabeleceram um cronograma a ser seguido que diminui gradualmente o uso de carvão, e pouco mencionaram a redução do gás metano, um dos mais poluentes. 

Em resposta à negligência, a ativista pelo clima, Greta Thunberg pediu aos seus seguidores no Twitter que assinem uma carta aberta pressionando os líderes mundiais a se comprometerem com as metas, estabelecerem prazos e tomarem ações imediatas contra as mudanças climáticas. 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden disse estar "decepcionado" com a falta de comprometimento da Rússia e da China - de longe o país maior emissor de gases do efeito estufa, que não compareceram à COP26. Xi Jinping, presidente chinês, deve fazer uma declaração escrita e Vladmir Putin, líder russo, desistiu de participar da Conferência, mesmo que virtualmente. 

Leia também: Sem Bolsonaro, ministro do Meio Ambiente abre participação do Brasil na COP26