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Vacinação contra o HPV reduz taxas de câncer de colo de útero em até 87%, aponta estudo

Revista Lancet destacou que a vacina também pode diminuir casos de lesões pré-cancerígenas. No Brasil, o SUS disponibiliza o imunizante contra a doença


05/11/2021 10h15

A vacinação de meninas de 12 e 13 anos contra o HPV reduziu as taxas de câncer de colo de útero em 87% na Inglaterra, segundo um estudo publicado na revista científica The Lancet na quarta-feira (3).

Cerca de 90% dos casos de câncer de colo de útero são causados por uma infecção pelo HPV. Desde meados dos anos 2000, existem vacinas contra essa infecção. Muitos países lançaram campanhas dirigidas às adolescentes para que recebam a vacina antes de iniciar a atividade sexual, como é o caso do Brasil, onde meninas de 9 a 14 anos podem receber o imunizante gratuitamente pelo SUS.

A pesquisa britânica é resultado do acompanhamento do programa de imunização contra o vírus feito no país, que começou em 2008. Naquele ano, a vacina bivalente foi oferecida à faixa etária de 12 e 13 anos, com uma "repescagem" para adolescentes de 14 a 18 anos feita até 2010. Os cientistas, de vários serviços de saúde pública e universidades do Reino Unido, acompanharam também os casos de câncer de colo de útero em mulheres de 20 a 30 anos na Inglaterra nesse período.

No estudo, foi constatada que entre as mulheres que tinham recebido a vacina entre 16 e 18 anos, a redução relativa das taxas de câncer foi de 34%. Já a redução relativa das lesões pré-cancerígenas do tipo mais grave (CIN3) foi de 39% em relação à população não vacinada.

Entre as mulheres que receberam a vacina entre os 14 e 16 anos, a redução de casos de câncer foi de 62%, de lesões pré-cancerígenas graves, de 75%. Nas que receberam a vacina entre os 12 e 13 anos, a redução de casos de câncer foi de 87%, já as de lesões pré-cancerígenas foi de 97%.

Os cientistas britânicos estimaram que, em junho de 2019, havia cerca de 450 casos a menos de câncer cervical e 17.235 casos a menos de lesões pré-cancerígenas mais graves na população vacinada do que o esperado. No período do estudo, 28 mil diagnósticos de câncer cervical e 300 mil diagnósticos de CIN3 foram registrados na Inglaterra. 

Eles concluíram que o programa de imunização praticamente eliminou o câncer cervical em mulheres inglesas nascidas desde 1º de setembro de 1995.

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