Às vésperas do Enem, mais 10 funcionários do Inep pedem demissão

Na última segunda-feira (8), 35 funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pediram demissão do órgão. A instituição é responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que, nesse ano, deve acontecer nos dias 21 e 28 de novembro. 

Como justificativa da saída em massa, os funcionários explicaram que se trata da inaptidão do presidente da Inep, Danilo Dupas, que não tem condições técnicas para o cargo. Ainda, reiteraram que não querem ter responsabilidade vinculada aos possíveis problemas com a prova. 

Na semana passada, dois coordenadores ligados à realização da prova, Eduardo Carvalho e Hélio Junio Rocha Morais, foram exonerados. Em setembro, Daniel Miranda Pontes Rogério, então diretor de tecnologia do exame, pediu demissão alegando "razões pessoais". 

O presidente da Associação de Servidores do Inep Alexandre Retamal reiterou que a falta de comando do Inep traz riscos à realização da prova e explicou as demissões: "Se viram forçados a chegar nesse ponto, diante da possibilidade de serem responsabilizados por possíveis erros e falhas que possam acontecer", disse. 

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Reynlado Fernandes, ex-presidente do Inep, comentou sobre é a necessidade de uma equipe eficiente para lidar com possíveis problemas que possam surgir na aplicação de um exame de dimensões nacionais: "Logo antes da prova e no dia da prova sempre pode acontecer alguma coisa", afirmou. 

Desde o início do governo Bolsonaro, tanto o Inep quanto o Ministério da Educação (MEC) sofreram com instabilidades, visto que os comandos foram trocados diversas vezes. A presidente do movimento "Todos Por Educação" Priscila Cruz comentou sobre as consequências dessa desorganização: "O Brasil inteiro perde", lamentou. 

Danilo Dupas deve comparecer à Câmara nessa quarta-feira (10) para prestar esclarecimentos a respeito das demissões em massa. 

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