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Zezé Motta rebate critica do presidente da Fundação Palmares contra campanha antirracista

Atriz e o cantor Djavan foram chamados de “pretos vergonhosos” em uma publicação; Sérgio Camargo diz que não existe nenhuma dor exclusiva dos negros


16/11/2021 19h30

A atriz e cantora Zezé Motta usou as redes sociais nesta terça-feira (16) para rebater uma publicação na qual o jornalista Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares, critica uma campanha conjunta de artistas contra o racismo e chama Zezé e o cantor Djavan, que aparecem nas imagens, de “pretos vergonhosos”.

“Pretos vergonhosos? Somos nós que lutamos todos os dias para que a ‘nossa’ Fundação Palmares continue com a filosofia, ideologia e a linha de ação política implantada, que tanto lutamos para que fossem instauradas”, escreve a artista.

“Lutamos por um país melhor, sem dores, sem angustias, sem desesperos, sem monopólios dos ‘despreparados’ que não respeitam as ‘dores’ diárias do nosso povo tão ‘doído’, tão sofrido e machucado pelos alienados que só contribuem para que a ‘nossa dor’ seja cada vez maior”, segue.

Veja a publicação:

A campanha em questão teve início em março de 2021 e se posiciona contra a violência policial no Estado com os dizeres “imagine a dor, adivinhe a cor”.

Artistas como Zezé Motta, Djavan, Alcione, Emicida e Bela Gil participam da iniciativa, além de organizações não governamentais, movimentos sociais e representantes da sociedade civil. As fotos foram publicadas entre março e abril, mas voltaram a circular na web nesta semana.

A postagem de Camargo, publicada na segunda-feira (15), diz que não existe nenhuma dor (angústia) exclusiva e específica dos negros por causa da cor da pele e que o monopólio racial do sofrimento é uma invenção de artistas desocupados. “Campanhas como essa reforçam o racismo. Lamentável”, escreveu.

Leia mais: Sérgio Camargo desdenha de ação antirracista

Sérgio e Zezé têm desentendimentos antigos. Em junho de 2020, a atriz disse, em uma entrevista para a Revista Veja, que Camargo era “um alienado” e que estava no lugar errado.

Em outubro deste ano, ela comemorou no Twitter a decisão do Ministério Público do Trabalho de afastar o presidente das atividades relacionadas à gestão de pessoas após denúncias de assédio moral e perseguição ideológica contra servidores. “Vontade de abrir o melhor vinho da adega”, comentou a artista.

Leia também: No mês da Consciência Negra, Zezé Motta foi convidada do Roda Viva; assista à íntegra

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