O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (22) que não interferiu na elaboração da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada neste domingo. Em conversa com apoiadores na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo disse que a prova “ainda” teve "questão de ideologia”.
"Estão acusando aí o ministro Milton [Ribeiro, da Educação] de ter interferido na elaboração das provas. Olha, se ele tivesse essa capacidade e eu, não teria nenhuma questão de ideologia neste Enem agora, que teve ainda", disse Bolsonaro.
"Você é obrigado a aproveitar banco de dados de anos anteriores, você é obrigado a aproveitar isso aí. Agora, dá para mudar? Já está mudando. Vocês não viram mais a linguagem de tal tipo de gente, com tal perfil. Não existe isso aí", acrescentou.
Crise
No início de novembro, 37 funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão que elabora o Enem, pediram demissão. A debandada no Inep aconteceu poucos dias depois do pedido de exoneração de dois coordenadores diretamente ligados à realização do Enem. Na última segunda-feira (15), Bolsonaro havia afirmado que as questões do Enem “começam a ter a cara do governo”.
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