O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ) abriu uma investigação para apurar a ocorrência policial que deixou, pelo menos, 11 pessoas mortas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na região Metropolitana do Rio de Janeiro. Desde a manhã desta segunda-feira (22), moradores estão resgatando corpos em um manguezal.

Segundo a Polícia Militar, as mortes aconteceram após um confronto em uma operação realizada no complexo. A ação ocorreu um dia após a morte de um policial. De acordo com moradores, a versão da corporação não condiz com os fatos.

Ao longo de todo o final de semana, o Bope (Batalhão de Operações Especiais) fez incursões na comunidade. A operação tinha como objetivo encontrar um dos supostos responsáveis pela morte do sargento da PM Leandro Rumbelsperger da Silva.

A 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Niterói e São Gonçalo instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para investigar a operação. Vale ressaltar que a polícia informou a operação, assim como determina a decisão do Supremo Tribunal Federal.

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"O PIC também vai analisar eventuais violações a direitos praticados quando da execução da operação", diz o MP/RJ em nota.

Versão dos moradores

Moradores do Complexo do Salgueiro afirmaram terem reconhecido 40 corpos na região de um maguezal, no bairro das Palmeiras.

“Ora por nós pelo amor de Deus, tem mais de 40 amigo morto aqui no mangue, tem mais de 40 amigo morto aqui, tem corpo que a gente nem tá conseguindo nem tirar, tem um cara aqui que tá com uma faca cravada no rosto”, relata o morador.