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Flickr/Ministério da Economia
Flickr/Ministério da Economia

Em sessão na Câmara nesta terça-feira (23), o ministro Paulo Guedes (Economia) admitiu que o dinheiro enviado para sua offshore tinha como objetivo driblar impostos cobrados nos Estados Unidos. Além disso, confirmou que parentes são ligados à empresa no paraíso fiscal, que visa escapar de tributos brasileiros.

"Se você tiver uma ação no nome da pessoa física e falecer, 46% é expropriado pelo governo americano [...]. Então, se você usar offshore, você pode fazer esse investimento. Se você morrer, em vez de ir para o governo americano, vai para a sucessão", explicou.

O ministro contou que enviou recursos para a empresa entre 2014 e 2015, período que não ocupava cargo no governo, para investimentos em ações americanas. Ele foi motivado por conselheiros para evitar os tributos norte americanos em caso de morte.

A legislação americana taxa em quase 50% os recursos de pessoas físicas repassados a herdeiros.

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A offshore do ministro, de sua esposa e filha nas Ilhas Virgens Britânicas foi revelada em um documento chamado Pandora Pappers, que contou com apuração de diversos veículos de comunicação de todo mundo.

Guedes ressaltou que seu investimento é totalmente legal e saiu da empresa após a eleição de Bolsonaro. "Vou reafirmar que todos os dados [foram] entregues, seja minha saída da empresa, seja a permanência de familiar como proprietário dos recursos, o que é absolutamente uma obviedade [pois] são recursos que pertencem à família", disse.

Mas confirmou que não declarou à Comissão de Ética da Presidência da República informações sobre os parentes na offshore. Em sua defesa, ele alegou que isso não foi exigido na Declaração Confidencial de Informações, documento pedido pelo órgão para avaliar medidas para evitar conflitos de interesses.

Polêmica envolvendo a offshore

A grande polêmica envolvendo a offshore do Ministro é o conflito de interesses. Enquanto ocupou o cargo, ele tomou decisões que afetam empresas em paraísos fiscais. O principal deles foi o projeto de alteração do Imposto de Renda, elaborado pela própria presidência da República.

Nele, tinha um dispositivo para taxar recursos de pessoas físicas em paraísos fiscais originalmente, mas foi removida após um acordo entre Guedes e o relator da proposta, Celso Sabino (PSL-PA).