O Roda Viva desta segunda-feira (29) entrevistou duas das mais importantes personalidades indígenas da atualidade, Almir Suruí e Txai Suruí.
A CEO do Instituto ID_BR Luana Genot perguntou a Txai qual o tamanho da responsabilidade de ser a primeira indígena a discursar em uma Conferência do Clima da ONU e se a tendência é que as próximas COPs tenham mais representatividade.
Para a ativista, a responsabilidade é grande, mas não considera isso como algo positivo. “Não deveria ser assim, deveriam ter muitos povos indígenas nas conferências e nas salas onde realmente acontecem as decisões”.
Ainda de acordo com Txai, apesar da visibilidade indígena nesta COP, o espaço é muito segregado e houve regresso em outros quesitos, como na participação da sociedade civil e dos países mais pobres. A ativista explica o que mudou da COP26 para as anteriores:
“A diferença é que nessa COP a gente levou a maior delegação de povos indígenas da história, com mais de 40 líderes indígenas presentes, e também o movimento negro, levando uma grande delegação, assim como a juventude. A gente não vai mais permitir que estas decisões aconteçam sem a nossa presença, porque é essencial que estejamos nesse processo. É necessário que eles escutem quem está sofrendo mais com as mudanças climáticas, que são os indígenas”, comentou Txai.
Veja o trecho completo:
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Assista ao programa na íntegra:
Participam da bancada de entrevistadores Alice Pataxó, comunicadora e ativista indígena; Natalie Unterstell, presidente da Talanoa, colunista da Reset e articulista da Americas Quarterly; Iury Lima, correspondente da revista Cenarium e repórter da TV Cultura; Daniela Chiaretti, repórter especial do Valor Econômico; Luana Genot, empresária e CEO do Instituto ID_BR.
O programa vai ao ar às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube, no Dailymotion, nas redes sociais Twitter e Facebook.
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