O Linhas Cruzadas perguntou aos seguidores da TV Cultura se eles topariam uma relação sexual com um superior do trabalho em troca de uma promoção. O programa conversou sobre sexo em diferentes âmbitos.
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Thaís pontuou a diferença das respostas em comparação com entrevistados nas ruas. Enquanto na internet, muitos disseram que fariam, o povo fala trouxe apresentou quase 100% de respostas negativas. Pondé trouxe uma possível explicação para esse contraste:
“As redes sociais têm um processo de massa em que você fica invisível, inclusive da vergonha. Essa vergonha aparece quando você está com uma câmera e um microfone, porque a família toda vai te ver, o trabalho vai te ver. Muito provavelmente, as pessoas não fazem sexo no expediente ou para ganharem promoção porque não aparece oportunidade ou porque não precisa, mas o sexo sempre foi uma moeda de troca em relações de poder”, contou o filósofo.
Ele ainda aponta essa troca como o principal fator de assédio sexual em ambientes profissionais. “Assédio não é sobre sexo, é sobre poder. Quem está em um lugar de poder, barganha esse poder em troca de serviços sexuais. A gente também precisa lembrar que esse abuso não precisa aparecer como uma violência explícita, pode aparecer em uma simpatia, em um elogio no trabalho, na valorização dentro do trabalho”.
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Veja o trecho completo:
Assista ao programa na íntegra:
Exibido às quintas, Linhas Cruzadas é parte da faixa de jornalismo da TV Cultura que traz uma atração diferente para cada dia da semana após o Jornal da Cultura. Sob o comando de Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama, o debate semanal vai ao ar sempre às 22h.
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