Beatriz Abagge, Davi dos Santos Soares e Osvaldo Marcineiro, três pessoas envolvidas no caso que envolveu a morte do menino Evandro Ramos Caetano, em Guaratuba, no litoral do Paraná, em 1992, entraram com um pedido de revisão criminal do caso e as condenações podem ser revertidas.
Os advogados apresentaram ao Tribunal de Justiça do Paraná na última segunda-feira (6) um laudo que provariam as torturas dos três durante a investigação do caso. As agressões tinham como objetivo a confissão do crime.
A defesa também apresentou um parecer psicopatológico que provaria as torturas. De acordo com o advogado Figueiredo Bastos, as provas apresentadas durante o processo são ilícitas, pois foram obtidas por meios violentos.
Os áudios que passaram por um laudo foram publicados no podcast Projeto Humanos, produzido pelo jornalista Ivan Mizanzuk. Neles, é possível perceber os acusados recebendo instruções para confessar os crimes.
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Beatriz Abagge foi condenada a 21 anos de prisão, enquanto os pais de santo Osvaldo Marcineiro e Davi dos Santos Soares foram sentenciados a 20 e 18 anos, respectivamente. Os advogados pedem que os três sejam absolvidos, os processos sejam anulados e que uma indenização seja paga.
O Ministério Público do Paraná afirmou que analisará os elementos que serão levados ao processo pela revisão e se manifestará nos autos.
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