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Especialistas explicam riscos do uso excessivo de aparelhos eletrônicos por crianças

A pandemia aumentou o tempo que esse público utiliza a tecnologia, o que preocupa os pais


08/12/2021 22h44

Com o aumento do tempo em casa devido à pandemia de coronavírus, o uso de aparelhos eletrônicos também aumentou, principalmente por parte de crianças e jovens. Esse foi um dos assuntos debatidos no Opinião desta quarta-feira (8), que conversou sobre a saúde mental desse público após a quarentena.

A neuropsicóloga Adriana Foz chamou a atenção para o uso excessivo das tecnologias.

“Se o adolescente estende muito o uso, pode se tornar um risco. Os pais e a escola devem cuidar do tempo de exposição das crianças com as telas e o porquê desse contato com as telas. Se for usado para algum aprendizado, a gente pode considerar um fator de proteção, mas é importante ficar alerta com o fator nocivo”, explicou Adriana.

Mas qual seria o tempo ideal de uso desses aparelhos? De acordo com o psiquiatra Rodrigo Bressan, as pesquisas indicam que duas horas deveriam ser o limite, mas comenta que é um número difícil de conseguir na prática. “Eu não consigo ser tão eficiente com meus filhos”, brincou.

O psiquiatra consegue enxergar algo positivo nesse tempo maior de exposição durante a pandemia.

“Eles jogavam juntos, às vezes 15 ao mesmo tempo, mas só quatro jogando e o restante conversando. Então, aquele jogo que eles conseguem interagir, foi altamente favorável para a sociabilização, porque um dos maiores prejuízos da pandemia foi a retirada dessa sociabilização”, explicou Rodrigo.

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Porém, a neuropediatra Liubiana de Araújo alertou para os danos que as telas podem causar ao cérebro desses jovens. “Para o máximo desenvolvimento do cérebro, a gente tem que respeitar os pilares, como atividades ao ar livre, atividades na escola, brincadeira com os pais dentro de casa [..] Quando restringimos as crianças muito tempo às telas, nós estamos limitando esse cérebro de receber essa multiplicidade de estímulos, que são tão importantes para formar habilidades”.

Ainda de acordo com a neuropediatra, apesar de ser compreensível a flexibilização da tecnologia, não se pode banalizar o uso excessivo delas.

“É importante educar os filhos em relação ao uso saudável da tecnologia, para evitar transtornos e diagnósticos devidos ao uso inadequado desses aparelhos”, completou.

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