Polícia Civil finaliza inquérito e aponta tortura no caso dos meninos de Belford roxo
Cinco pessoas foram indiciadas e um sexto responde por ocultação de cadáver
09/12/2021 19h01
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) finalizou nesta quinta-feira (9) o inquérito sobre a morte e o desaparecimento dos corpos de Lucas Matheus (9), Alexandre da Silva (11) e Fernando Henrique (12), em Belford Roxo.
As crianças foram capturadas por traficantes e passaram por uma sessão de tortura, que levou à morte de um deles, de acordo com a polícia. Os outros dois foram executados após a morte do primeiro. O motivo para o ato teria sido um suposto roubo de passarinho.
“Eles foram torturados. Pode-se chamar de tortura. Em algum momento um deles falece, e eles acham que a solução daquele caso seria matar os outros dois e chamar alguém para levar os corpos para fora da comunidade”, afirmou o titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Uriel Alcântara. A informação foi dada pelo G1.
Leia mais: Eduardo Paes anuncia fogos de artifício para o Réveillon em Copacabana
O crime que aconteceu em dezembro de 2019 e os corpos ainda não foram encontrados. A polícia realizou operação na Comunidade do Castelar nesta quinta, e 16 pessoas foram detidas. A partir do caso, 56 mandados de prisão foram expedidos, 31 já haviam sido cumpridos e 15 pessoas já estavam presas.
Cinco pessoas foram indiciadas por participação no assassinato, e um sexto responde por ocultação de cadáver.
Entre eles:
- Edgar Alves de Andrade, 'Doca', liderança do Comando Vermelho, está foragido;
- Ana Paula da Rosa de Costas, a Tia Paula, gerente de logística de Castela, morta;
- Willer Castro da Silva, o Stala, gerente de tráfico do Castelar, morto;
- José Carlos Prazeres da Silva, o Piranha, chefe do tráfico de Castelar, morto;
O nome da quinta pessoa não foi divulgado, mas ela está presa.
Leia também: Brasil registra menor média móvel de mortes por Covid-19 do ano pelo terceiro dia consecutivo
REDES SOCIAIS