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Surto de gripe H3N2 atinge diversas capitais brasileiras e gera preocupação

Casos dispararam nas últimas semanas; Apreensão dos profissionais da saúde é que última vacina da gripe não combata essa nova cepa


15/12/2021 17h18

Nas últimas semanas, as principais capitais do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Manaus, estão vendo as filas dos hospitais crescerem de pacientes com sintomas gripais. São casos de casos do gripe H3N2, especificamente da variante Darwin.

"Nós estamos numa epidemia de H3N2, não tenho dúvidas disso. No consultório, estou atendendo vários casos, minha filha teve, vários amigos dela tiveram", afirmou a infectologista Nancy Bellei à Folha de S. Paulo.

Em apenas uma semana, 19 casos da doença foram registrados em São Paulo, mais do que os 12 identificados entre março e junho, o pico da disseminação da doença.

No Rio de Janeiro, a situação é ainda pior. A Secretaria de Saúde da cidade do Rio de Janeiro registrou mais de 21 mil casos de Influenza H3N2 entre as duas semanas finais de novembro e início de dezembro. Os números já são superiores do que da Covid-19.

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Situação delicada também em Salvador. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, houve um aumento de 1.380% nos casos em 14 dias. Em 1º de dezembro, eram cinco pacientes registrados na cidade. Na últimas terça-feira (14), já eram 74.

A maior preocupação de especialistas neste momento é a cobertura vacinal. O imunizante aplicado há seis meses não apresenta uma resposta imune para essa nova cepa. Segundo Celso Granato, médico infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, será necessário desenvolver outra vacina para combater a cepa.

"Em primeiro lugar, não é o H1N1. O que está dando é o H3N2, que é um primo dele. E o que acontece é que essa vacina que a gente deu neste ano não cobre bem contra o H3N2. A vacina tem o H3N2, mas não especificamente este que está rodando, que é o Darwin", disse infectologista em entrevista ao G1.

A boa notícia é que existe um tratamento para a Influenza quando a doença é diagnosticada no início dos sintomas, como febre, dor no corpo e mal estar.

Paulo Menezes, diretor do Centro de Contingência do Estado de São Paulo, não planeja adotar novas medidas restritivas. Mas segue com as recomendações do combate a Covid-19, como uso de máscara, limpeza das mãos e distanciamento social.

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