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Anvisa rebate ameaças de Bolsonaro: “Nosso trabalho é isento de pressões internas e avesso a pressões externas”

Presidente se manifestou contrário à aprovação da vacina contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos e pediu os nomes dos técnicos que aprovaram a medida


17/12/2021 15h28

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta sexta-feira (17) uma nota em resposta às falas do presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma live na última quinta-feira (16).

Durante a transmissão ao vivo, o chefe do Executivo se mostrou contrário à aprovação da agência para que crianças de 5 a 11 sejam vacinadas contra a Covid-19. Na última quinta, a Anvisa aprovou o imunizante da Pfizer para vacinação do público.

O presidente ainda pediu os nomes dos técnicos que foram favoráveis a medida. “A Anvisa não está subordinada a mim, vamos deixar bem claro isso, não interfiro lá, mas pedi extraoficialmente o nome de quem autorizou a vacina para crianças a partir de cinco anos. Queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são e forme seu juízo”, afirmou o presidente.

Leia mais: Anvisa libera imunizante da Pfizer contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos

Em nota, a agência reforça que é um “órgão do Estado brasileiro, vem a público informar que seu ambiente de trabalho é isento de pressões internas e avesso a pressões externas”.

Ainda afirmou que “é líder de transparência em atos administrativos e todas as suas resoluções estão direta ou indiretamente atreladas ao nome de todos os nossos servidores, de um modo ou de outro”. 

O comunicado é assinado pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, e pelos diretores Meiruze Sousa Freitas, Cristiane Rose Jourdan Gomes, Romison Rodrigues Mota e Alex Machado Campos.

Os servidores ainda afirmam que o trabalho da Anvisa é pautado na ciência. "A Anvisa oferece ao Ministério da Saúde, o gestor do Plano Nacional de Imunizações (PNI), opções seguras, eficazes e de qualidade” no que se refere à análise vacina

Leia também: Variante ômicron do coronavírus é mais contagiosa e menos grave, aponta estudo

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